terça-feira, 17 de agosto de 2010

A verdadeira essência do cristão é a Cruz.



Não me venha com frases moralistas e copiadas dos livros de auto-ajuda! Quero a essência, por pior que ela seja e, ainda, quero crer que apesar dessa lama e de toda essa podridão, há algo de belo e bom, não por sua causa, mas por causa do que Cristo fez em você.

Por mais que há algo de podre do Reino da Dinamarca, ainda assim, há algo maravilhoso que Cristo inseriu em você. Mesmo diante de toda essa complexidade Cristo derramou a Sua Vida em nossas vidas. Há algo de bom no coração de cada filho de Deus, algo mais poderoso do que tudo que existe de mau. Quero que você transborde da apaixonada confiança de que ELE pode fazer o que nenhuma outra força do céu ou da terra poderia.

Não quero que você se concentre nas coisas mais difíceis, tristes ou terríveis – até porque jamais a gente deve fingir que está tudo bem – mas quero que você olhe além das suas dificuldades e enxergue o milagre que Deus tem operado no seu coração.

Há em você algo maravilhoso, belo e jubiloso, que violência nenhuma, que opressão nenhuma, que passado impuro nenhum ou fracasso nenhum poderá jamais destruir. É exatamente nisso que eu quero que você se concentre, essa é a sua verdadeira essência.

Tente enxergar isso como a principal essência de filhos remidos e lavados pelo sangue do Cordeiro, mesmo que tudo que você veja seja apenas confusão, quero que você creia que é capaz de cultivar o bem.

Quantas e quantas vezes, quantas e quantas noites me sentia angustiada, fracassada, inútil, indigna, a mais suja e pior dos seres humanos, vislumbrando a minha derrota, deixando que as lutas e de certa forma as trevas me encobrissem, mergulhada num moralismo torturante, de que Deus me via com tristeza, e que eu apenas era um reflexo do meu passado torto.

Eu não conseguia enxergar que era importante para Deus. Eu vivia investigando meu coração bagunçado e descobrindo cada vez mais sujeira... E isso me jogava no chão, as vezes no fundo do poço. E ainda aquela visão de Deus me perseguia, de um Deus que me via como um caso sem solução e sem potencial.

E eu me relacionava com esses problemas muitas vezes como troféus que eu erguia... Eu vivia me concertando, me exortando, sendo o meu próprio juiz, me cobrando, afogada em culpa, em vez de deixar que os problemas me levassem a uma apreciação mais plena da beleza de Deus, me ofuscando com os esplendores da sua natureza, me maravilhando com a imponência de seu caráter... E entender que diante de todo mau que havia em mim, estava e está a bondade de Deus.

Era mais fácil intrigar meu coração com a dor e o conflito do que com as coisas boas que há dentro de mim. Quebrantar o seu coração expondo o que há de errado é mostrar plenamente a graça de Deus. Quebrantar o seu coração para a revelação das trevas interiores tem um propósito, e é errado negar essas trevas, mas erro maior é você permanecer nelas.

Tenho entendido que encontrar as trevas na minha vida não deve me afastar da oração, mas sim me elevar até ela.

O grande problema mesmo é que não cremos que em nós de fato, há algo incrível, que gere deleite. Ou então cremos que as coisas mais profundas, mas verdadeiras em nós, são sempre más. Temos dificuldade de crêr que aqueles que foram perdoados vislumbraram a Cristo, e que o Espírito usou esse vislumbre para implantar a bondade em nós. Uma bondade que define mais quem somos do que a nossa maldade.

Uma das estratégias favoritas do diabo é forjar a falsificação de uma verdade e deixar que os cristãos (eu e você) identifique o erro. A gente perde tanto tempo preocupados em se afastar do erro, que acabamos perdendo de vista a verdade que esse erro distorceu.

Deus quer se deleitar em nós, mas Ele não encontra isso quando todos os desejos do nosso coração eram maus, e por isso nos tornou agradáveis. Ele nos deu novos desejos. Mas não há desejos legítimos em nossa alma fora do poder de Deus, toda mudança acaba sendo aparente.

Deus se importa com o nosso bem-estar, e Ele se deleita com todo esse processo, Ele se regozija com a nossa condição de filhos perdoados, bem vindos à mesa da ceia, e se alegra com aquilo que nos transformaremos a medida formos comendo mais do alimento que Ele nos dá.

Precisamos ouvir o Pai rindo! Você consegue ouvir o Pai rindo? Ouça o Pai rindo!

Na carne realmente não há coisas boas, mas nós somos mais que carne. Somos hoje, sobrenaturais, absolutamente perdoados, cobertas das vestes imaculadas de Cristo e agraciadas com um novo coração. O que Deus faz para nos ajudar é revelar-se a nós.

Só que a mensagem de Deus nesse processo de revelação não é “Você é terrivelmente mau e não se esqueça disso” ou “a sua dor é tão grande que você tem que escolher entre crer ou ser destruída”, mas sim: “Eu (Deus) Sou muito bom. Eu continuo amando você. Eu não mudo. Eu estou com você e quero que você saiba disso. E o que te espera lá na frente é indescritível.”

Deus expõe o mal para revelar o bem. Em meio a minha podridão eu creio que Deus me diz constantemente:

“Você está perdoada! Agora mesmo eu vejo a glória em você. E quando você perceber como eu te encaro, você que está nu e envergonhada diante de Mim, vai ver que eu não te vejo como você pensa que eu te vejo. É impossível resistir a minha bondade.

Prove e veja!”

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